Respiração
Cavidade torácica Respiração
O tórax é constituído pelo esterno, costelas,
cartilagens costais e vértebras torácicas.
É limitado anteriormente pelo externo,
superiormente pela clavícula e inferiormente pelo diafragma. A cavidade
torácica serve para fixar a coluna vertebral posteriormente e faz a fixação do
externo na parte anterior, além de proteger os órgãos internos (coração,
pulmões).
Há 12 costelas de cada lado, num total de 24.
As sete superiores são chamadas verdadeiras, fixando-se diretamente no externo,
em sua parte anterior. Da 8ª à 10ª, elas são chamadas de falsas-costelas,
porque se fixam indiretamente ao esterno através da cartilagem costal da 7º
costela, enquanto a 11ª e a 12ª são chamadas flutuantes porque não têm fixações
anteriores.
O esterno é formado por três partes:
Manúbrio, corpo e processo xifoide.
Movimentos/Articulações
As costelas articulam-se com as vertebras, principalmente,
em duas áreas: (1) corpos das vértebras e (2) processo transverso. Estas
articulações são chamadas articulações
costovertebrais.
Alunos: André Daniel, Bernardo, Wemerson, Bruno, Amanda, Gisele.
Movimentos/Articulações
Mecânica Respiratória
A
mecânica respiratória compreende as várias etapas que vão desde o
condicionamento do ar, os movimentos da caixa torácica, a contração do m.
diafragma até a ação da prensa abdominal.
O condicionamento do
ar que inspiramos ocorre dentro da cavidade nasal. É dentro da cavidade nasal
que ocorre a filtração, aquecimento e o umedecimento do ar. A seguir, a caixa
torácica se movimenta durante a respiração, realizando dois movimentos: (1)
no movimento de alça de balde ocorre um aumento do diâmetro transverso
(veja a Figura abaixo) do tórax devido à elevação das costelas durante a inspiração; e (2) no movimento de braço de
bomba ocorre um aumento do diâmetro (veja a Figura abaixo) ântero-posterior
do tórax devido à elevação e à projeção anterior do esterno durante a
inspiração. Outro diâmetro que também aumenta durante a inspiração é o diâmetro
longitudinal (veja a Figura abaixo) do tórax, que ocorre devido à contração
do diafragma em sentido inferior. Na ação da prensa abdominal ocorre
a contração da musculatura da parede do abdome, o diafragma é empurrado para
cima, diminuindo, assim, todos os diâmetros do tórax durante a expiração.
Os Músculos da Respiração
Os músculos da
respiração podem ser classificados em duas categorias. Por um lado, os
músculos da inspiração, que elevam as costelas e o esterno e, por
outro, os músculos da expiração, que fazem baixar as costelas e o
esterno. Além disso, nestas duas categorias se distinguem dois grupos, os
músculos principais e os músculos acessórios, embora estes
últimos só ajam durante movimentos anormalmente amplos ou potentes. Então,
podem-se distribuir os músculos da respiração em quatro grupos: Primeiro grupo:
os músculos principais da inspiração: são os intercostais externos e os supracostais
e, especialmente, o diafragma. Segundo grupo: os músculos acessórios da inspiração
(figs. 4-28, 4-29 e 4-30): - os esternocleidomastóideos (1), os escalenos anteriores
(2), médios (3) e posteriores (4); todos estes músculos somente são
inspiradores quando tomam como ponto fixo a coluna cervical rígida pela ação de
outros músculos (fig. 4-28); - o peitoral maior (4) e o peitoral menor (5), quando
estes dois músculos (fig. 4-30) tomam a cintura escapular como ponto fixo e os
membros superiores estão em abdução; - os feixes inferiores do serrátil
anterior (6) e do grande dorsal (10) quando ele toma os membros superiores,
previamente abduzidos, como ponto fixo; - o serrátil menor posterior e superior
(11); - as fibras superiores do sacrolombar (12), que tomam as cinco últimas
apófises transversas cervicais como ponto fixo por cima e se inserem abaixo nos
seis primeiros arcos costais, deste modo, eles têm uma disposição semelhante à
dos músculos supracostais de grande comprimento. Terceiro grupo: os músculos
principais da expiração; Este grupo só está representado pelos músculos
intercostais internos. De fato, a expiração normal é um fenômeno puramente passivo de
retomo do tórax sobre si mesmo pela simples elasticidade dos elementos
ósteo-cartilaginosos e do parênquima pulmonar. Portanto, a energia necessária para
a expiração é, na verdade, uma restituição da energia desenvolvida na
inspiração pelos músculos inspiradores e que é armazenada no nível dos
elementos elásticos do tórax e do pulmão. Quarto grupo: os músculos acessórios
da expiração. Não por ser acessórios, estes músculos deixam de ser importantes,
nem extremamente potentes, visto que condicionam a expiração forçada e o
esforço abdominal. Os músculos abdominais (fig. 4-30), o reto abdominal (7), o oblíquo
externo (8) e o oblíquo interno (9) fazem o orifício inferior do tórax baixar
com força. Na região torácico-lombar (fig. 4-29) se encontram outros músculos
acessórios da expiração: a porção inferior do músculo sacrolombar (13), o
grande dorsal (14), o serrátil menor posterior e inferior (15) e o quadrado
lombar (não representado aqui).
Musculo Diafragma
A cavidade torácica está separada da cavidade
abdominal pelo musculo diafragma, um músculo largo, com uma forma de abóbada.
Tem uma origem mais ou menos circular sobre o processo xifoide, nas últimas
seis costelas e primeira vértebra lombar e se insere no grosso tendão central.
Há três aberturas no músculo diafragma para permitir a passagem do esôfago,
aorta e veia cava inferior. Como a inserção do tendão está localizada mais acima
de sua origem, abaixa quando se contrai. Isto torna a cavidade torácica mais
larga e o abdômen mais estreito, ocorrendo, então, a inspiração.
Resumo das atividades da respiração.
Ação
Músculos
Inspiração:
Elevação das costelas e aumento no tamanho da cavidade torácica com descida do
diafragma e expansão da parede torácica.
Inspiração
calma
Diafragma
Intercostais
Externos
Inspiração
profunda
Músculos da respiração calma
Esternocleidomastóideo
Escalenos
Elevador das costelas
Serrátil
posterior e superior
Inspiração
forçada
Músculos da inspiração calma e músculos da
Inspiração
profunda:
Elevador da escapula
Trapézio
superior
Rombóides
Peitoral menor
Expiração:
depressão (abaixamento) das costelas e diminuição do tamanho da cavidade
torácica
Expiração calma Relados Intercostais Externos
Retorno elástico da parede torácica, pulmões e
brônquios
Ação
da gravidade
(Intercostais
internos)
Expiração forçada
Músculos Intercostais Internos:
Reto
abdominal
Oblíquo externo
Obliquo interno
Quadrado lombar
Transverso
do abdômen
Serrátil posterior inferior
Referencias:
Anatomia Para o Movimento,
Blandine Calais-Germain, Volume 1:Introdução à Análise das Tecnicas Corporais.
Anatomia Orientada para Clínica,
4ª edição- Keith R. Moore-Arthur- Gerard J. Tortora
Fisiologia Articular- Esquemas
comentados de mecânica humana- A.I. Kampandji